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O carisma claretiano a partir de Santo Antônio Maria Claret

19.Outubro.2018
 

Santo Antônio Maria Claret foi um sacerdote e firme defensor da fé, grande missionário de seu século. Nasceu em 23 de dezembro de 1807, em Sallent, Província de Barcelona, na Espanha, vindo a falecer em 24 de outubro de 1870, data em que se celebra a sua festa litúrgica. 

Seu nome de batismo, na verdade, era apenas Antônio João, mas, posteriormente, para demonstrar sua total devoção a Nossa Senhora, decidiu acrescentar "Maria" como nome do meio.

Trabalhou como tecelão ao lado de seu pai até completar 22 anos, quando resolveu entrar para o Seminário de Vida e se dedicar por meio de um sacerdócio santo à missão de Deus, colocando-se a seu serviço. Ele foi ordenado em 1835 e, na sequência, já foi nomeado como pároco de sua terra natal, onde ficou por 4 anos. 

Após esse período, foi designado à Roma, mais precisamente para uma entidade da Igreja chamada Propaganda Fides (Propagação da Fé), na qual passou a ser missionário apostólico. Lá viveu anos de intenso trabalho e se dedicou, também, ao serviço pastoral na Espanha. Como seu trabalho rendeu muitos frutos para a Igreja e trouxe bons resultados, Antônio foi enviado para as Ilhas Canárias em 1848, local onde seria bem difícil colocar a missão em andamento. Mesmo assim, em seu coração, ele ainda sentia a necessidade de fazer algo maior. Ao perceber, na ocasião, uma enorme necessidade dos missionários, sentiu-se tocado e teve o desejo de fundar uma Congregação, a "Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria", hoje, chamados de "Missionários Claretianos". 


Por meio dela, propagou o carisma da evangelização. Pela caridade e pelo olhar indiscriminado sobre as pessoas, o sentido daquela missão era espalhar a Palavra de Deus sendo beneficente para com as necessidades de todos.

Nem bem fundou a congregação, logo Santo Antônio Maria Claret foi nomeado Arcebispo de Cuba e deixou seu país rumo a uma nova missão, cheio de fé e devoção

Em Cuba, logo ao chegar, visitou e consagrou o apostolado a Nossa Senhora do Cobre. Destacou-se pelo carisma claretiano - que na época ainda não tinha denominação - e isso fez com que fosse muito perseguido. Por defender a libertação de negros e índios escravizados e oprimidos, e por trabalhar em um incansável compromisso pela conversão, Antônio Maria Claret sofreu muito. 

Tornou-se vítima da pressão maçônica que fazia violenta oposição aos padres. Sofreu por parte dela diversos atentados. Foi assaltado à mão armada diversas vezes, agredido fisicamente tantas outras, teve sua casa incendiada e refeições envenenadas. Mesmo com todas as tentativas de destruição, Santo Antônio Maria Claret continuava ileso, sempre escapando das ciladas e continuando sua missão sem permitir interferências que o fizessem desistir.

"Alma grande, nascida para abrigar contraste; pode ser humilde de origem e glorioso aos olhos do mundo; pequeno de corpo, porém de espírito gigante; de aparência modesta, porém muito capaz a ponto de impor respeito, inclusive aos grandes da terra; forte de caráter, porém com a doçura de quem conhece o freio da austeridade e da penitência; sempre na presença de Deus ainda que em meio de sua prodigiosa atividade exterior; caluniado e admirado, festejado e perseguido. E, entre tantas maravilhas, como luz suave que tudo ilumina, sua devoção à mãe de Deus”.
(Pio XII | Autobiografia - Santo Antônio Maria Claret | Editora Ave-Maria l P. 555)


Em 1855, fundou a Congregação das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, que, posteriormente, veio a ser apelidada de Irmãs Claretianas, com o auxílio de madre Antônia Paris de São Pedro. Aos poucos, foi ganhando várias outras dioceses e ampliando seu carisma. Fazia questão de visitar cada uma delas e animar suas pastorais, dar força aos cristãos que serviam em cada local. 

O Arcebispo evangelizou muitas almas por meio de missões e escritos que, somados, resultam em 144 obras e um total de 21.000 páginas. De volta a Espanha, em 1868, tendo cumprido sua missão e fortificado os cristãos em Cuba, tornou-se confessor e conselheiro particular da Rainha Isabel II e participou do Concílio Vaticano I. De forma solidária acompanhou a Rainha no exílio na França, onde deu continuidade à sua missão apostólica de grande escritor. Lá, no Mosteiro de Fontfroide, faleceu aos 62 anos de idade, em 24 de outubro de 1870. Foi beatificado em 1934 pelo Papa Pio XI e, em 1950, canonizado pelo Papa Pio XII.

A Editora Ave-Maria publicou o livro "Autobiografia - Santo Antônio Maria Claret", no qual é possível conferir todos os detalhes da vida de Santo Antônio Maria Claret

Nele, a pedido de um grande amigo, padre José Xifré, primeiro superior geral dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, Antônio Maria Claret escreveu sua autobiografia. A obra é dividida em três partes: nascimento, tempo das missões e a partir da sagração de arcebispo; e revela-nos realmente um santo apaixonado pela evangelização dos pobres. 

O testemunho de vida de Santo Antônio Maria Claret foi tão grandioso, que os Missionários Claretianos, hoje, estão presentes em 5 continentes, em 60 países diferentes dando continuidade a essa missão. Evangelizam através de meios e estruturas variadas: prestando serviços paroquiais, serviços em territórios missionários de vanguarda, serviços educativos em instituições de ensino, institutos, serviços nos meios de comunicação social (revistas, livros, rádios, televisões, internet), serviços sociais em creches e em centros da juventude.

Os Claretianos buscam viver a missionariedade segundo os ensinamentos deixados pelo próprio Santo Antônio Maria Claret: "Um filho do Imaculado Coração de Maria é um homem que arde em caridade e abrasa por onde passa; que deseja eficazmente e procura por todos os meios inflamar o mundo no fogo do divino amor. Nada o detém. Alegra-se nas privações. Enfrenta os trabalhos. Abraça os sacrifícios. Compraz-se nas calúnias e se alegra nos tormentos. Seu único pensamento é seguir e imitar a Jesus Cristo, no trabalho, no sofrimento, procurando sempre e unicamente a maior glória de Deus e da salvação das almas" (Aut. 494 l Autobiografia - Santo Antônio Maria Claret | Editora Ave-Maria l P. 217). 

No Brasil, a obra dos claretianos chegou em 1895 com 10 missionários, especificamente em São Paulo, e permanece até hoje, tendo se difundido pelos outros estados do país.

Além do livro, aproveite e confira aqui a "Novena Milagrosa A Santo Antônio Maria Claret" da Editora Ave-Maria. Adquira-a e comece já essa caminhada de oração. 



Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós!

 
 
 
 
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